Venda de imóveis residenciais e comerciais, em Belo Horizonte e Nova Lima(Vila da Serra)-MG. Informações sobre o mercado imobiliario e de construção, em geral.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
sábado, 14 de setembro de 2013
AS NOVAS INDUSTRIAS DE MINAS GERAIS
Fonte: Jornal Estado de Minas ( setembro/2013 )
VETOR NORTE:
CENTRO DE MANUTENÇÃO DA GOL
EMBRAER
PHILIPS
LABTEST
HERMES PARDINI
VETOR NORTE:
CENTRO DE MANUTENÇÃO DA GOL
EMBRAER
PHILIPS
LABTEST
HERMES PARDINI
segunda-feira, 29 de julho de 2013
sexta-feira, 19 de julho de 2013
VETOR NORTE - LAGOA SANTA - PARK LUND
Na direção certa
Turbulências econômicas no mercado levam à compra segura de imóveis e o Grupo Caparaó investe em Lagoa Santa, no Vetor Norte, com a construção do Park Lund
Sinalizados pelas turbulências na Europa, na Ásia, na redução dos ativos monetários dos Estados Unidos e na desvalorização das ações na Bolsa, no Brasil, que fez a Bovespa despencar ao pior índice desde 2009, especialistas apontam a compra de imóvel como investimento seguro, de baixo risco e, com isso, são menores as chances de se perder dinheiro em momento de crise. “O imóvel voltou a ser uma opção bem vista. Se você investir 300 mil reais na poupança, terá rendimento de 1.200 reais, 0,4% por mês, e se possuir apartamento alugado, vai ter o mesmo rendimento, só que ele não será desvalorizado, muito pelo contrário”, diz Fabiano Abrão, diretor da Partners Empreendimentos.
Minas está entre os estados com maior potencial de desenvolvimento, prova disso é que cresceu 2,3% do PIB, bem acima da média nacional de 0,9% no ano passado. Principalmente, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no Vetor Norte, puxado pela expansão do aeroporto de Confins, pela criação de um polo avançado de tecnologia e pelo investimento de 572 milhões de reais no complexo viário. “O governo deu a diretriz, está fazendo as obras e a gente segue. Fomos um dos primeiros a acreditar no Vetor Norte com a construção do hotel Comfort Confins”, afirma Luiz Antônio Senna de Lima, diretor técnico do Grupo Caparaó.
São muitos os potenciais – o aeroporto-indústria, a zona franca e as empresas que irão inevitavelmente para lá. “Antes as cidades nasciam perto do mar, depois à beira de rios, em volta das estações ferroviárias e agora a tendência são os aeroportos. Eles serão o indutor do desenvolvimento”, argumenta Luiz Antônio Senna de Lima. Acredita-se tanto nessa expansão que o Grupo Caparaó, com 56 anos de experiência e credibilidade no mercado, vai inaugurar o hotel em fevereiro de 2014 e foca nessa região, que tem previsão de ter metrô até o aeroporto, BRT, e tudo que facilite a tão reivindicada mobilidade urbana. Dentre tantas referências importantes, no local tem a Cidade Administrativa, sede do governo do estado. Lagoa Santa é um município próximo de Belo Horizonte e que já tem importantes instituições, como o Centro de Manutenção de Aeronaves da Gol Linhas Aéreas, Gessy Lever, Marangoni do Brasil, Belgo Mineira, Clampler, VMI Sistemas e Rastreamento entre outras, que contribuem para o alto índice de emprego e renda. Está em construção o Centro de Tecnologia e Capacitação Aeroespacial (CTCA), que terá unidades da Embraer, da Azul Linhas Aéreas, da Líder Aviação e do Senai. Além disso, existe o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), com previsão de inauguração para 2014.
“Havia muitos locais, mas preferimos esta cidade, escolhemos um terreno a dedo. O governo deu o rumo e achamos que é coerente”, diz o diretor técnico do Grupo Caparaó. “Lagoa Santa é uma cidade tranquila, que não tem muito histórico de violência e possui planejamento urbano”, completa Fabiano Abrão. Por isso será construído lá, em área de 20 mil metros quadrados, o Park Lund, empreendimento do Grupo Caparaó e da Partners, com apartamentos de 2 quartos, a partir de 274 mil reais, e de 3, a partir de 349 mil reais, com área de lazer completa. Um dos projetos do governo é mudar o acesso à cidade. Ele ligará o aeroporto de Confins ao CTCA e passará muito próximo do empreendimento Park Lund, que será lançado no próximo mês de agosto.
Lagoa Santa é a cidade da vez na Grande BH. “É certamente o melhor lugar para investimento imobiliário em função do alto potencial de valorização e crescimento da cidade, da carência por imóveis e da pouca concorrência. Hoje, a valorização no Vetor Norte é bem maior do que em regiões da Zona Sul de Belo Horizonte, onde os bairros já estão ocupados e os preços estabelecidos pelo mercado”. Concluindo esse comentário, Fabiano Abrão ressalta que o Vetor Norte é uma excelente opção de rentabilidade com locação e afirma “são 700 famílias que vão mudar-se para lá para ocupar novos postos de trabalho ligados ao aeroporto e todas as suas atividades afins. Há previsão de crescimento de 10 mil habitantes para a próxima década, ou seja, média de mil famílias por ano. Em um primeiro momento as pessoas não comprarão imóveis, vão alugar.” Já o diretor comercial do Grupo Caparaó, Walid Saab, informa: “Acreditamos tanto em Lagoa Santa que temos outros projetos para lá.
OUTRAS INFORMAÇÕES: mbeatrizac@gmail.com
Park Lund será lançado em agosto/13
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Bolha Imobiliaria Estourando? Onde??????
Bolha Imobiliária Estourando? Onde?
Por: Ricardo Amorim Desde 2008, quando surgiram os primeiros comentários de bolha imobiliária em vias de estourar no Brasil, tenho analisado evidências históricas e internacionais, refutando até aqui tais alegações e concluindo que, provavelmente, os preços continuariam a subir.De acordo com a consultoria britânica Knight Frank, entre os 53 países com os maiores mercados imobiliários globais, o Brasil teve em 2012 a maior alta de preços de imóveis residenciais: 13,7% em média. Resolvi atualizar e expandir meus estudos.Há um ano, usei o consumo anual per capita de cimento como estimativa do grau de aquecimento da atividade no setor imobiliário em momentos de estouro de bolhas em vários países. Hoje, pelas minhas contas, este indicador chegou a 361Kg no Brasil. No ritmo médio de crescimento dos últimos 10 anos, que foi de 5% a.a., em apenas dois anos atingiríamos o nível mais baixo de estouro de bolhas, que é de 400Kg, o que sugeriria cautela. Por outro lado, o nível máximo de consumo de cimento antes bolhas estourarem, em alguns casos passou de 1.600Kg anuais per capita. Para chegar a este patamar, o Brasil levaria mais 80 anos. Por este parâmetro, poderíamos estar entre 2 e 80 anos do estouro de uma bolha. Pouco se conclui.O segundo indicador importante é o total de crédito imobiliário disponível. Crédito permite que mais gente compre imóveis, aumentando a procura por eles e elevando seus preços. No Brasil, apesar do crescimento dos últimos anos, ele ainda é de apenas 7% do PIB, muito distante dos 50% do PIB que costuma ser o mínimo quando bolhas imobiliárias estouram. Mesmo considerando-se uma expansão ao ritmo dos dois últimos anos, que foi de 1,4% do PIB ao ano, o mais rápido da nossa história, levaríamos mais de 30 anos para chegar a 50% do PIB. Sinal de tranquilidade.Por fim, como anda a capacidade de pagamento dos brasileiros? Levando em conta preços dos imóveis em relação à renda no mundo, chama a atenção a grande dispersão entre as maiores cidades brasileiras, com algumas entre as mais caras e outras entre as mais baratas.Das 50 cidades mais caras do planeta, 49 estão em países emergentes, incluindo quatro no Brasil: Brasília (10ª), Rio de Janeiro (25ª), Belo Horizonte (43ª) e Porto Alegre (45ª). Por outro lado, Salvador não está mais entre as 100 mais caras do mundo, Fortaleza é uma das únicas 10 cidades entre as 50 mais baratas do mundo que não estão nos EUA, e Campinas também está entre as 100 mais baratas. Entre os 385 maiores mercados imobiliários globais, a classificação média das 11 cidades brasileiras incluídas foi 124ª, sugerindo que o mercado brasileiro como um todo está um pouco mais caro do que a média, mas distante dos mais caros do planeta. Entre os mercados emergentes, o Brasil está mais barato do que a média.Outro aspecto favorável é que um menor percentual da renda necessário para pagamento mensal de hipotecas sugere que no Brasil temos melhor capacidade de honrar dívidas. Além disso, comparando o preço de compra de imóveis com o custo de alugá-lo, constata-se que no Brasil alugueis elevados estimulam compras mais do que no resto do mundo. Por fim, a desvalorização do real barateou os imóveis no Brasil para compradores estrangeiros.Em resumo, ainda que algumas cidades sugiram mais cautela, para o país como um todo, continuam valendo as conclusões do ano passado. Altas modestas ou manutenção de preços são prováveis na maioria dos casos e o risco de estouro imediato de uma bolha imobiliária nacional ainda é baixo. Se você está na esperança dos preços despencarem para comprar, espere sentado. Segundo Platão, coragem é saber o que não temer.Economista, apresentador do programa Manhattan Connection da Globonews e presidente da Ricam Consultoria.
terça-feira, 5 de março de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
AS RUAS DE OURO DE BH
Ruas mais desejadas de Belo Horizonte abrigam empreendimentos luxuosos e endinheirados
Os endereços milionários da cidade têm preços que chegam a 12000 reais por metro quadrado de área construída
por Luisa Brasil | 06 de Setembro de 2012
A Rua Tomás Gonzaga: usado à venda por 3,2 milhões de reais
No mercado imobiliário americano há um mantra que costuma ser repetido entre os corretores. Segundo a máxima, existem três coisas essenciais no momento de estabelecer o preço de uma propriedade: localização, localização e localização. Apesar do exagero, a frase tem seu fundo de verdade. O ponto onde o imóvel está situado — junto com o padrão de construção e a idade — é essencial para determinar o seu valor. Em Belo Horizonte, alguns bairros saltam aos olhos de quem está atrás de uma casa ou de um apartamento. Mas mesmo dentro deles há ruas ou quarteirões especiais. Eles abrigam imóveis com preços superlativos, que chegam a ultrapassar os 13 000 reais pelo metro quadrado de área construída. Para elaborar a lista dos pontos mais valorizados da capital, VEJA BH consultou nove das principais imobiliárias de Beagá, além de dois escritórios de advocacia especializados em direito imobiliário e representantes da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato da Habitação de Minas Gerais (Secovi-MG). Cada um elaborou seu ranking. Os sete pontos apresentados a seguir são o resultado do cruzamento dessas listas.
Seis dos sete endereços levantados por VEJA BH ficam na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o que não provoca surpresa — a única exceção é a Vila da Serra, na vizinha Nova Lima. Historicamente, a Zona Sul sempre concentrou as famílias de alta renda e é também o centro financeiro da cidade. Fica dentro do perímetro da Avenida do Contorno a maior parte dos escritórios, bancos, hospitais e escolas da capital. “Existe esse conjunto de fatores, e o próprio mercado se encarrega de reforçar a simbologia de prestígio”, afirma a professora Jupira Gomes de Mendonça, da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais. As únicas ruas listadas que ficam afastadas da Avenida do Contorno se encontram nos bairros Belvedere e Vila da Serra. “Mas eles estão ligados ao Centro por uma única via, a Avenida Nossa Senhora do Carmo”, explica Jupira.
A família de Alencar da Silveira Jr.: o espaço amplo atraiu o deputado
TRADIÇÃO E STATUS
Os cruzamentos das ruas Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo com as ruas Fernandes Tourinho, Antônio de Albuquerque, Professor Antônio Aleixo, Felipe dos Santos e Tomás Gonzaga constituem o conjunto mais precioso do Lourdes. Encontrar imóveis por menos de 1 milhão de reais nos quarteirões compreendidos nessa área é difícil. Um apartamento de 328 metros quadrados da Construtora Caparaó na Rua Fernandes Tourinho foi vendido recentemente por 4,4 milhões de reais — 13 400 reais o metro quadrado. Já na seara dos usados mais luxuosos, o metro varia de 8 000 a 10 000 reais. Na Rua São Paulo, o edifício Salvador Dalí é um dos mais cobiçados, com apartamentões que impressionam pela área de 500 metros quadrados. O deputado estadual Alencar da Silveira Jr. (PDT) mudou-se para o prédio há seis anos, depois de pedir a um corretor que ficasse de olho nos proprietários. “Aqui as pessoas só vendem quando os filhos se casam e o espaço acaba ficando grande demais”, afirma Silveira, que agora recebe constantemente ligações de pessoas interessadas em comprar seu imóvel, mas também não pretende sair enquanto os dois filhos (Julia, de 10, e Arthur, de 7 anos) não deixarem o ninho.
Valor médio do metro quadrado no bairro*: R$ 7 300
Nas áreas em destaque: até R$ 13 400 o metro quadrado*
*Área construída
Embora vários desses endereços sempre tenham sido sinônimo de prestígio, foi apenas recentemente que atingiram o ápice nos valores cobrados por quem quer vender um imóvel. De acordo com o índice da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, de abril de 2009 a junho deste ano o preço dos imóveis em BH subiu em média 67,1%. Quem comprou antes desse período conseguiu um valor de revenda recorde, mas a tendência agora é de acomodação. “É uma estabilização necessária, porque estávamos vivendo na euforia”, afirma Paulo Tavares, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG). “O mercado não consegue conviver com uma valorização desse nível eternamente”, diz o presidente da rede de imobiliárias Netimóveis Brasil, Ariano Cavalcanti. Especialistas afirmam, no entanto, que não haverá queda de preços.
Consenso entre os corretores da cidade, as ruas do Lourdes limitadas pelo Minas Tênis Clube, pelo Colégio Estadual Central e pela Praça Marília de Dirceu são as que mais despertam o desejo dos belo-horizontinos. Esses quarteirões abrigam edifícios icônicos da cidade, como o Les Saint Paul, na Rua São Paulo, e o Liras de Gonzaga, na Rua Tomás Gonzaga. Apesar de seus vinte anos, esse último tem uma unidade de 393 metros quadrados à venda por 3,2 milhões de reais. Morar em um apartamento novo em tal trecho é raridade, já que os terrenos no Lourdes são cada vez mais escassos. A construtora Caparaó arrematou um dos últimos espaços disponíveis e está construindo ali o edifício High Houses, na Rua Fernandes Tourinho, entre as ruas Espírito Santo e Rio de Janeiro. Sem publicidade e com entrega prevista apenas para o segundo semestre do ano que vem, todas as unidades já foram comercializadas. Recentemente, um apartamento de 328 metros quadrados foi comprado ali por 4,4 milhões de reais.
Apesar de não ostentar a grife do bairro vizinho, o Santo Agostinho também está entre as áreas consideradas top. São muito procuradas as ruas que ficam entre a Assembleia Legislativa e o Shopping Diamond Mall, como a Gonçalves Dias, a Barbacena e a Alvarenga Peixoto. “Em termos de valores, o Santo Agostinho está bem próximo do Lourdes”, compara Fernando Antunes, sócio da imobiliária Lopes. Um lançamento na Rua Bernardo Guimarães, próximo ao Diamond Mall, confirma isso. Com área de 227 metros quadrados, está à venda por 2,7 milhões. “Esses dois bairros formam um tripé com o Funcionários”, diz Antunes, mencionando outro ponto dentro do perímetro da Contorno que faz brilhar os olhos dos compradores. O Funcionários é conhecido pela intensa movimentação comercial, mas que fique bem claro: o fino da bossa é morar perto do agito, mas não dentro dele. É por isso que ruas como a Ceará, a Maranhão e a Piauí estão entre as mais cobiçadas. Próximas a corredores importantes como as avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas, elas não recebem um volume tão grande de tráfego e ficam a certa distância dos botequeiros e baladeiros que frequentam a Savassi. Um dos empreendimentos mais luxuosos dali, o Edifício Zaidal, na Rua Maranhão, tem apartamentos avaliados em 2,8 milhões de reais. Entre seus diferenciais, há uma sala para motoristas na garagem.
Esquina da Rua Gonçalves Dias com a Avenida Olegário Maciel: shopping valoriza a região
BAIRRO DE GRIFE
As marcas que se espalham pelos corredores do Diamond Mall, como a Bobô, a Hugo Boss e a Carlos Miele, são um termômetro da vizinhança local. Nas ruas adjacentes ao shopping, os valores costumam ser bem mais altos que a média do bairro. Um lançamento na Rua Bernardo Guimarães confirma esse fato. Com área de 227 metros quadrados, os apartamentos estão à venda por 2,8 milhões de reais — 12 300 reais o metro quadrado. “Além da proximidade de uma rede hospitalar, ali se está perto de escolas tradicionais, como o Santo Agostinho e o Loyola”, avalia Rodrigo Naves, diretor comercial da Valore Imóveis. Com a carência de terrenos espaçosos, lançamentos de quatro quartos estão cada vez mais raros — e caros —, o que leva muitas construtoras a investir em empreendimentos menores. O padrão de alto luxo e o acabamento requintado permanecem. Na Alvarenga Peixoto, o metro quadrado de um apartamento de três quartos que está sendo entregue pela Somattos sai por 10 000 reais, com regalias como home cinema e academia na área de lazer.
Valor médio do metro quadrado no bairro*: R$ 7 000
Nas áreas em destaque: até R$ 12 300 o metro quadrado*
*Área construída
Não muito longe do burburinho, o Sion também entra para o ranking. As ruas mais procuradas atualmente são aquelas que ficam perto das avenidas Bandeirantes e Uruguai. “A Bandeirantes, por exemplo, virou comercial, e as pessoas não querem mais ir para lá”, aponta o diretor comercial da Valore Imóveis, Rodrigo Naves. “Por isso seu entorno se valorizou.” A La Plata e a Califórnia, que ficam no que poderia ser chamado de “Alto Sion”, estão entre as ruas com apartamentos que chegam a cifras bem mais altas do que a média de 5 000 reais pelo metro quadrado cobrada no bairro. Por ali ainda se encontram muitas casas, o que aos olhos das empresas significa possibilidade de construção. Mas, se há cinco anos dava para encontrar lotes a 1 700 reais o metro quadrado, hoje o preço chega a 5 000 reais. Além disso, muitos proprietários são resistentes em vender o imóvel. “Às vezes a gente compra duas casas vizinhas e fica mais de um ano negociando a terceira”, conta Alberto Viotti, sócio-diretor da construtora Altti. “O Sion tem aquela cara de bairro tradicional, bem família”, afirma Daniela Cançado, sócia da Austen Imóveis. “Lá você conhece o atendente do sacolão e o do açougue.”
Mais afastado do Centro, outro local que atrai os moradores da capital é o entorno da Lagoa Seca, no Belvedere. É o ponto de encontro de crianças, pais, cachorros e dos incontáveis praticantes de corrida que desfilam diariamente pelas ruas Elza Brandão Rodarte, Vicente Guimarães e pelas vias paralelas à praça. “Se BH tivesse mar, Ipanema seria ali”, brinca Cássia Ximenes, diretora da imobiliária Sílvio Ximenes. Já segundo Daniela, muitos compradores a procuram tendo em mente o nome do edifício onde querem morar. “São pessoas que já vivem muito bem, por isso não se importam de esperar por um imóvel específico”, diz. Espécie de prolongação do Belvedere, o Vila da Serra vem se consolidando como bairro de alto padrão. A Avenida Alameda da Serra é o centro desse canteiro de obras. Seu lado esquerdo — onde fica o Hospital Biocor — tem vocação comercial, enquanto o direito abriga os edifícios residenciais. Sem as limitações de espaço existentes em outros bairros, as construtoras apostam em áreas de lazer cada vez mais mirabolantes para atrair os moradores para longe do centro. “Os filhos do Lourdes estão indo para lá”, diz Naves, referindo-se a jovens casais que se mudam à procura de um prédio com facilidades para as crianças que chegaram ou que estão nos planos, como home cinema e pista de skate.
Fechando a lista, está um dos pontos mais exclusivos e reservados da capital. Espécie de oásis entre os prédios da Zona Sul de BH, o Clube dos Caçadores, no bairro Mangabeiras, guarda mansões protegidas por uma controversa catraca instalada na frente do Minas Tênis Clube II. Como há poucos lotes, a compra e a venda ali são raras, mas movimentam cifras graúdas. “O valor varia porque cada casa é muito diferente, mas existem algumas que podem chegar a 15 milhões de reais”, afirma o advogado Kênio Pereira, especialista em mercado imobiliário. Dono da rede de hotéis Tauá, o empresário João Pinto Ribeiro é morador do clube há 22 anos. Antes disso, tinha uma casa na Cidade Nova, na Região Nordeste, mas teve de vendê-la em 1987 para saldar dívidas contraídas durante a instável economia do governo do ex-presidente José Sarney. Ao se reerguer financeiramente, Ribeiro saiu de um apartamento em que estava espremido com a mulher e os três filhos, enquanto procurava um lote para construir sua nova morada. “Quando comprei o terreno, ele valia o equivalente a 100 000 reais”, lembra o empresário, que vive em uma casa na Rua Sebastião Dayrell avaliada em 6 milhões de reais. “Aqui é isolado e tem segurança, mas ao mesmo tempo é muito perto do centro da cidade.” O fundador da mineradora Ferrous, Iracy Parreiras, se mudou para o condomínio há cinco anos. “Morava no São Bento e fui assaltado quatro vezes”, relata. Parreiras diz que não teve problemas depois que se instalou por lá. Mesmo se sentindo mais seguro, ele não revela o valor milionário de sua residência. Quando questionado, pergunta: “Vocês não são do Imposto de Renda não, né?”.
FONTE:
VEJA BH
por Luisa Brasil | 06 de Setembro de 2012
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