sexta-feira, 8 de abril de 2011

Imóveis brasileiros rendem o dobro da média mundial

Em 2010, o aluguel de escritórios deu um retorno equivalente a 11% do valor da propriedade em São Paulo e a 10,5% no Rio - contra apenas 5,5% no resto do planeta



Eco Berrini
Eco Berrini (o maior, ao centro): um dos prédios mais rentáveis de São Paulo
São Paulo - A renda gerada pelo aluguel de imóveis comerciais no Brasil foi a décima maior do mundo em 2010. Segundo uma pesquisa da consultoria imobiliária Colliers, que leva em consideração 130 cidades em 50 países mundo, a taxa de retorno de escritórios representou em média 11% do valor da propriedade em São Paulo e 10,5% no Rio de Janeiro. Os percentuais são equivalentes ao dobro da média mundial (5,5%) e superam os valores obtidos nos principais centros mundiais, como Nova York (6%), Londres (5,75%), Milão (5,5%), Paris (5,1%) e Tóquio (4,6%).
Os imóveis industriais, como galpões, centros de distribuição e unidades fabris, são ainda mais rentáveis. O aluguel representou 12,5% do valor do empreendimento no Rio de Janeiro e 11,5% em São Paulo. Ambos os valores também são bem superiores aos das maiores metrópoles mundiais.
O investidor que fugiu dos ativos financeiros e concentrou seus recursos no mercado imobiliário nos últimos anos não tem do que se queixar. Desde 2007, o retorno médio obtido com imóveis comerciais foi bem superior ao CDI (considerado o retorno médio de investimentos de renda fixa) e ao Ibovespa (principal índice de ações da bolsa paulista).
É importante lembrar que a vantagem dos imóveis foi obtida mesmo sem levar em consideração o ganho que pôde ser embolsado pelo investidor com a compra e venda de imóveis em um momento de forte valorização. A taxa de retorno só inclui a renda gerada pelo imóvel a partir dos aluguéis e eventualmente outros serviços prestados dentro do empreendimento.
Preços
A expectativa da Colliers é de que os valores dos aluguéis e de revenda dos imóveis comerciais não subam tão rapidamente no Brasil neste ano quanto no passado recente. A economia passa por um momento de desaceleração devido ao aumento dos juros. Em épocas como essa, vendedores e locadores são obrigados a ser mais flexíveis nas negociações.


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